01/08/2007

nada [...]

nada
não diz
não expressa
nem nega

não quis
nem tentou

não fechou
nem abriu

nem maio
nem julho

não foi
nem antes
nem depois

nem distante
nem próximo

nada novo
nem óbvio

algo vago
um tanto quanto
vago
serve

obrigado


valeu Lu, pela crítica construtiva, literalmente.

3 comentários:

Anônimo disse...

Não pude deixar de associar..

"é sempre bom lembrar
que um copo vazio
está cheio de ar
que o ar no copo
ocupa o lugar do vinho
que o vinho busca ocupar o lugar da dor
que a dor ocupa a metade da verdade
a verdadeira natureza interior"

Gil, em uma música feita pra Chico.

Unknown disse...

Esse eu particularmente curti. MESMO!
Acho que eu já disse pra vc q poesia versada não é o meu forte, né? Mas mesmo assim eu achei essa muito legal!
E o copo vazio? Muito massa. Mas eu colocaria agua nele. se possível um pouco antes de chegar na metade?
Pq? Pra não virem com aquela bendita frase de auto-avaliação/auto-ajuda/de segunda. Sabe qual, né?

Anônimo disse...

blog de muito bom gosto, limpo.
tb gostei bastante desse poema. a reflexão em cima da letra postada pela cibele é válida.
[]s