26/08/2007

Primeira folha


Existe uma coisa chamada poesia
E isso eu não sei fazer
Quem disse que eu quero também?
Vou fingir que na realidade existe rima
Em um mundo tão cheio de medidas
Quanto de culpas?

Não quero escrever o que eu sinto
Isso é deprimente e tolo
Mas parece que não consigo
Funciona assim tudo:
É na distância entre o querer e o fazer
Que o poder reside, se esconde
E fode tudo... Tudo mesmo!

O crime foi premeditado, medido, cometido
E, como todo o resto, censurado!
Querer amar é isso e é culpado...
Merda! Deixei escapar uma rima
Quando eu tinha comigo que guardaria
Todas para você!
Que fraqueza mais errada, como sempre...
Por que não posso ser confuso ou covarde?

São os papéis! É isso!
A culpa é dos papéis que sempre acabam...

É por isso que não sei e nem consigo e nem quero...
A culpa é dessa folha!

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