cidades destruídas
nas noites solitárias
me pergunto quantos serão
nas cidades arrasadas
que o futuro trará.
pois destruir é um ato falho
que nos lembra das leis
do mundo que existe de fato;
a destruição é um fato consumado.
nessas mesmas noites de solidão,
o ar que respiro é frio
mesmo que seja verão
e me corre o suor pelas mãos
como se estivesse doente,
o que não deixa de ser verdade.
definhar é para sempre
e, como cidades são feitas de gente,
definharão na certeza do fim.
meu futuro é uma projeção
feita do presente que sinto
e não há esperança nisso,
apenas noites de solidão.
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