14/12/2008

Uma sina estranha

Uma sina estranha me persegue:
ter os olhos sempre voltados à frente.
Adiante vamos, por estradas ciganas,
traçando linhas nas mãos de alguém,
recém-nascido mas já idoso,
sinais na beira dos caminhos.

O impossível precede a descoberta
como a terra acolhe a noção da semente.
No caminhar nômade das ânsias mundanas,
minhas retinas turvas vigiam além.
A próxima curva, o próximo poço,
a futura simples tumba de andarilho...

1 comentários:

Liene Saddi disse...

...e às vezes sentimos tanta falta de ter os olhos um pouquinho mais no chão do presente...