06/12/2010

Cordel um

A fazer cordel, eu digo
e, pra mim mesmo, prometo.
É um verso pra lembrar
e outro pra esquecer, meu nêgo.
Riso se bebe de dia,
e choro é copo seco.

Sorrir da vida é remédio,
remédio velho, do bom.
Tem gente que não escuta,
mas quem quer ouve meu som.
Meu violão tá sem corda,
mas ainda samba no tom.

O cafezal tá aqui, cheio,
esperando o lavrador.
Vamos tomar um café
para sorrir do que for,
seja futebol, mulher,
grana, saudade ou amor!

Tamos todos juntos nessa,
batendo, tomando, indo.
Cantando músicas velhas,
pela estrada eu vou seguindo.
E como tão vocês por aí?
Por aqui, tá tudo lindo!

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