Lua
Ah, Lua desgraçada!
Mais cheia que o bolso do rico,
Ilumina a secura do mundo
E deixa o céu num profundo
azul-hematoma
Ah, Lua suja
de cinza na brancura do amarelo!
Acende o asfalto da rua,
Quebra sutil as grades da janela,
vem e desenha um raio de prata!
Ah, Lua suja, escura, que me maltrata!
Vai!
Finge que não sabe
que você brilha com o dobro da força
quando quem ama sente saudade!
Ah, maldita Lua!
Quem dera ser São Jorge
pra esquecer que na Terra
o dragão continua,
como sempre,
forte…
Ah, Lua!
Queijo velho, sujo e cheio…
Colesterol!
(Putz!)
Bem…
Até quando você vai fingir que é pura poesia
pra esquecer que é um arremedo de Sol?
Ah, minha branca menina feia,
“Quem ama o feio, bonito lhe parece”…
Quem te viu no céu realmente cheia
Nunca mais te esquece!
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