cheiros bons
Minha rotina?
Perder meu olfato
dentro dos vícios
das minhas fadigas.
Esquecer o sabor da maresia
e provar sempre o rízimo
do suor incompleto
de tarefas repetidas.
Como fui chegar nisso?
Um gozo sem cheiro de sexo.
Existem dúvidas sem rima
chamando meu nome na chuva.
Pois então que tudo suma
numa fogueira sem cinzas
estalando na distância
dos sonhos perdidos.
Renuncio a meu olfato
ou a meu 'estilo de vida'?
Dedos congelam na noite:
minhas luvas não servem para nada,
são como mentiras esgotadas.
É outra vez a mesma noite
com suas damas invadindo o frio.
Por entre narinas gastas,
um único cheiro me mantem vivo.
Perder meu olfato
dentro dos vícios
das minhas fadigas.
Esquecer o sabor da maresia
e provar sempre o rízimo
do suor incompleto
de tarefas repetidas.
Como fui chegar nisso?
Um gozo sem cheiro de sexo.
Existem dúvidas sem rima
chamando meu nome na chuva.
Pois então que tudo suma
numa fogueira sem cinzas
estalando na distância
dos sonhos perdidos.
Renuncio a meu olfato
ou a meu 'estilo de vida'?
Dedos congelam na noite:
minhas luvas não servem para nada,
são como mentiras esgotadas.
É outra vez a mesma noite
com suas damas invadindo o frio.
Por entre narinas gastas,
um único cheiro me mantem vivo.
4 comentários:
Estranho (pra bom) como uma idéia desenvolvida por outro fica tão diferente e tão melhor!
"Renuncio a meu olfato
ou a meu 'estilo de vida'?" - Me pergunto isso todas as manhãs... (não tão poeticamente talvez...)
nossa, achei fantástico o poema e perceptivelmente sensível e cuidadosa a elaboração do ritmo!
Rapah, amei seu blog.
Poucas coisas em termos blogliteratura me fazem bem, congratulações.
Beijocas
Kin
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